Total de visualizações de página

domingo, 11 de janeiro de 2015

Quanto a noite "de bode"

Então, se fosse para seguir o conselho que recebi há pouco, deveria estar dormindo. Mas até onde sei, não costumo seguir conselhos. Nem os bons e nem os ruins. De qualquer maneira, pensar que um dos meus textos ainda pode me render um trabalho ou um livro me anima a escrever. Acho que não é proibido sonhar, né? Apesar de algumas consequências, ainda recomendo sonhar e não me sinto constrangida ao dizer isso, nem responsável por nenhuma frustração, afinal, se você for como eu, você também não tomará este conselho. A saga do texto de hoje começou na semana do feriado do dia 20 de novembro, o controverso feriado sobre a "Consciência Negra", e resultou num fora que levei há mais ou menos uma semana. Costumo também chamar esse tipo de situação de pé na bunda mas, calculando as proporções, diria que foi um coice com as duas patas bem no meio do meu peito. Por um lado por quê provavelmente estava realmente interessada na pessoa e por quê havia algum tempo que não sentia as coisas que senti e, ne mesmo lado/sentido/direção, acho que essa coisa de amadurecer te faz começar ver as coisas sob certos pontos de vista e, é com muita resistência que, tenho que admitir que o Criolo estava certo quando disse que não existia mais amor em SP. Observações pertinentes quanto a resistência em aceitar o que o Criolo diz são: 1) Eu não gosto do Criolo poupando especulações racistas, eu só acho o cara um chato. Não tanto quanto o Caetano, mais ainda chato; 2) Me recuso a aceitar que as pessoas estão cada vez mais rasas e menos preocupadas com os seus sentimentos e os alheios; 3) Além de temer ser um fenômenos que não atinja só São Paulo. Agora, após devidas explicações, devo seguir dizendo que considerando tudo isso fui embora do lugar onde eu estava após ouvir essa música com o humor completamente contestável e totalmente pensativa. Resolvi parar para comer (como toda pessoa ansiosa) e refletir sobre o assunto. Preciso dizer que me arrependi amargamente no momento em que coloquei os pés no recinto, uma padaria famosa na cidade em que moro. Logo ao chegar já tive que aguentar o papo de uma bêbada que, como todo bom bêbado, estava debruçada no balcão contando sua vida amorosa/sexual para estranhos. Ela disse gostar de negros e mulatos, mas a preferência dela não tinha nada que ver com o tamanho da genitália. Sendo assim, eu e meu humor maravilhoso fomos pedir para alguns rapazes que dessem licença para encostarmos ao lado deles para nos pouparmos daquele papo super interessante quando um dos rapazes, ao me dar licença, se sentiu na liberdade de acariciar meu cabelo. Poupei a discussão por preguiça de argumentar e comecei a comer minhas bolinhas de queijo e enquanto comia tive o desprazer de ouvir a conversa dos moçoilos e o comentário pertinente saiu da boca de um deles: - Ainda quero foder uma mina hoje! Meus queridos, para quem me conhece e para quem também não, imaginem a minha cara às 3:27 da madrugada. Foi aí que decidi pedir o resto das coisas numa embalagem para viagem e "remar" a favor da maré que levava para a minha cama menos animada ainda do que quando cheguei à padaria, afinal a conclusão da noite não poderia ser pior: "Os bares estão cheios de almas tão vazias A ganancia vibra, a vaidade excita Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio mar de fel Aqui ninguém vai pro céu".

domingo, 4 de janeiro de 2015

"Pô bixo, você tá achando que eu sô loki?"

Desde o primeiro dia do ano tenho pensado num post inaugural para 2015, mas não achava nada providencial até então. Aí comecei a pensar sobre as minhas expectativas para o novo ano e, a maior delas, era a de não criar expectativas. Irônico, pra dizer o mínimo. Agora o por quê disso? Uma boa resposta seria porque, na maioria das vezes, sob um ponto de vista mais realista do que otimista, expectativa gera decepção. E, no fundo, a culpa é de quem criou a expectativa. Afinal, acredita-se que ninguém sai de casa com a intenção de desapontar um terceiro, a não ser que sofra de sérios distúrbios psicológicos.E, tentando digerir esta ideia, correndo o risco de me repetir, só uma coisa me vinha à cabeça: "Não se afobe, não Que nada é pra já" Agora me pergunto: Como poderia eu, uma pessoa que transpira emoções e não descansa os pensamentos nem enquanto dorme, não criar expectativas. Além de quê, analisando sob o olhar de uma romântica inveterada (que também sou eu), qual seria a graça de não esperar nada de ninguém? Isso seria tão racional! E qual a vantagem tão matemática em ser racional? Enquanto calculava tudo isso, uma citação pareceu muito providencial: "Viver é um rasgar-se e remendar-se" E mais uma vez a expectativa em não criar expectativa "se perdeu na maré" e, sendo assim, para todos os anos quero andar com fé, por que essa não costuma falhar, crer e amar. Independentemente da compreensão alheia e das quedas que isso vier a causar. "Sim, sou muito louco, não vou me curar Já não sou o único que encontrou a paz Mas louco é quem me diz E não é feliz, eu sou feliz"