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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Hoje não havia intenção alguma de escrever, mas dados os acontecimentos é inevitável não fazê-lo.
O dia começou 9:41 da manhã, com um telefonema de papai que após alguns minutos já estava aqui em casa.
Sabendo que logo ele teria que ir aproveitei a carona porque fazer as coisas antes da hora do almoço sempre deixa a tarde livre para a "siesta".
Por volta de 11:00 cheguei no banco e ali fiquei até 11:41, apesar de ter somente algumas 3 pessoas na minha frente.

Atendente: - Renata...Renata!
Chique né, ser chamado pelo nome!
Sentei, e: - Oi, bom dia.
Atendente: Ôba!
(Que merda é ôba? Tá cumprimentando seu camarada?)
Eu: -Então, eu vim até a agência porque tenho recebido algumas correspondências sobre meu FGTS.
Atendente: - Você pediu a conta?
Eu: - Sim, fui eu quem pediu demissão.
Atendente: - Então não pode tirar, né! (Já devolvendo a carteira de trabalho).
Eu: - Mas é que já faz mais de 3 anos.
Atendente: Ah! Seu número do PIS.
Eu: - Não tem como puxar pelo CPF, eu sei que eu deveria ter trazido o extrato, mas esqueci e como só trabalhei de estagiária depois disso quase nem tive contato com essas informações.
Atendente: - Vou tentar puxar aqui. Ah, na sua carteira consta que você foi desligada da empresa dia 18/04 e aqui no sistema tá dia 21, aí não dá pra sacar seu dinheiro.
Eu: - Hum, mas a data do sistema é posterior a da carteira, pode ter sido a data de lançamento, não?!
Atendente: - Mas não dá, tem que ir lá na empresa de RH.
Eu: - Ah, então vai ficar aí mesmo, rs...Porque é simbólico, não tem nada na conta, só vim porque eu estou recebendo os extatos e a conta está inativa.
Atendente: - Nem quando você aposentar você não consegue retirar dinheiro dessa conta se não mudar a data, E você precisa fazer cartão do cidadão. Você não tem? Têm?
Eu: - Não, não tenho....é que nem sei bem como funciona isso, porque eu só fiz estágio.
Atendente: - Mas se você quiser trabalhar depois você vai precisar, ou você não pretende mais trabalhar?

Agora entra em cena meu eu imaginário (- Não, não pretendo, dentro de uns dias me mudo para Uzbequistão porque vou me casar com um fazendeiro do petróleo!)
Eu real: - Ah, acho que até pretendo...
E saí, sem o menor ânimo pra discutir ou responder.

Próximas empreitadas: passar na farmácia pela 456 vez no mês e na papelaria.
Saí da papelaria feliz, cheia de "coisinhas" para poder personalizar meu caderno desse semestre, com papel preto com bolinhas brancas, dobradura vermelho para o interior da capa e afins.
Pena que a felicidade durou pouco tempo, na verdade, tempo suficiente para perceber que devia ter pedido para minha tia fazer o serviço, pois ela faria em metade do tempo com o dobro do capricho. Mas eu insisto em achar que habilidades manuais são genéticas.....acho que não.
E ainda me perguntam porque eu não cozinho! Porra, nessas condições sou capaz de matar um caboclo de cistecercose!
Acho que por hora é só isso, ainda são 18:21....horário de BRASÍlIA, aiai....Brasília...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não consegui achar um título à sua altura.

Quem me conhece sabe da minha dificuldade ante os cálculos matemáticos, mas, raramente, me disponho a encarar os números.
Nesse caso resolvi apelar para eles, pois é fato que sempre impressionam e demonstram maior credibilidade.
Toda essa firula foi meramente introdutória, afinal qualquer um quereria saber de onde tirei o número 1892160000 que, acredito eu, deva ser o número aproximado de segundos que, desprezados os meses, tive de vida ao longo dos meus 24 anos.
E pra que tudo isso?
Pra situar- lhes em minha mais nova história, oras! Que, na verdade começou alguns anos atrás, precisamente 2008, quando resolvi fazer terapia.
Acho até que todos já estão cansados de “ouvir” citações a respeito da adorada psicóloga.
Fazer o que, nem todo mundo é tão bem resolvido quanto acha ou parece.
Mas voltando ao assunto, em 2008, ao longo de uma interminável sessão consegui chegar à conclusão de que eu era romântica, e a partir daí comecei a vislumbrar algumas coisas. Não muitas, porque como vocês já sabem sempre preciso de tempo para “digestão”.
Desde então tentei aceitar meus pensamentos, pois minha maior dificuldade sempre foi admitir que eu sou EMO (Pô, ninguém merece uma revelação dessas!), e com isso foi possível concatenar um milhão de idéias inclusive baseadas em sentimentos, afinal eu nunca fui E nem espero ser uma pessoa racional.
Mas, apesar da característica evidente sofro também de um ceticismo incondicional e até fundamentado, pois o lado emocional é sempre meu, em todos os casos. O que sempre me torna pontualmente contraditória e emocionalmente incompetente.
Então, irradiando ceticismo construo meu mundo em que, na maioria das vezes, as pessoas precisariam possuir qualidades para alcançar certas posições, ou que eu preciso possuir certas qualidades para almejar algumas posições.
Mas, porém, contudo, entretanto, alguns 32400 segundos foram suficientes para confundir uma teoria de aproximadamente 1051200 segundos, dentro de 189216000 de experiência, quando o emocional apontou em uma direção a 988 km de mim, mostrando que posso ser mais emotiva do que cética.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Manifesto de indignação matinal

Como minha indignaçao foi arrebatadora, logo pela manhã, resolvi não esquecer e postar o comentário mesmo que no período da tarde do dia seguinte ao ocorrido.
Chegando em casa, após uma semana do estágio de cigana pelo qual passei, vejo que nada mudou posto que ontem, quarta-feira, Vóma me mandou ao mercado como todas as outras semanas, de todos os outros meses, de todos os outros anos.
Pelo que vocês podem perceber, fazer compras faz parte da minha rotina até duas ou três vezes por semana.
Peguei o possante e peguei a rota do hipermercado 24 horas de Sorocaba, achando que estava fazendo um supernegócio, afinal ainda era cedo e não estava perto dos dias do pagamento. DOCE ILUSÃO!!
Ao adentrar ao recinto logo fui abordada por uma garota, ou "promoter", funcionária dessas escolas que distribuem bolsas. Dei uma breve atenção, como de costume, afinal a menina estava fazendo o trabalho dela e respirei fundo para enfrentar a missão.
Um passo depois meus sonhos já estavam por terra, o lugar estava lotado. "Mas já que tâmo vâmo".
Como discípula de papai comecei pela última gôndola para poder percorrer o hipermercado todo sem perda de tempo, ou "vai e voltas".
Ainda com essa sistemática a dificuldade ao tentar meocomover era gritante.
E começada a jornada pude me ater somente aos meus pensamentos, pois, na maioria das vezes, vou às compras sozinhas.
Enquanto percorria a imensidão de corredores me coloquei a observar famílias e ponderar que um dia constituir uma poderia até constar na minha listinha.
- Não, não sou sempre acometida por esse tipo de pensamento.
Comecei a imaginar um maridinho e quantos filhinhos poderíamos adotar, porque de acordo com minha linha de pensamentos muitas pessoas já fazem o favor de povoar o mundo.
Pensei em um brasileirinho, um queniano, talvez um haitiano...e por aí a fora.
Passados os devaneios, tudo no carrinho devidamente conferido, o que não me impede de sempre esquecer alguma coisa, fui para o próximo passo : a escolha da fila.
Estacionei meu carrinho e comecei a "brincar" com meu celular, porquê apesar de não funcionar corretamente ele possui algum entretenimentos.
Murphy, meu amigo, me deu mais um tempo de espera. Mas pra que pressa, não?! Eu estou de férias mesmo.
Assim, então, comecei a observar as pessoas, o que também é uma das minhas diversões.

"O quê? A Amelie "colecionava" pedras, cada uma na sua!!"

Enfim, a primeira pessoa foi uma distinta senhora, acompanhada de seus 327 filhos.
Estava bem trajada, era bem apessoada, e suas crianças asseadas.
Fiquei admirando, quando impetuosamente a cidadã começa seu monólogo em alto e bom som :
- Puuuuutz. Que demora!
- MIGUÉOOOOO, volta aqui.
- Cicrano, uma batatinha pra cada um....vocês não vão querer ficar se entupindo de babatinhas?! Vão?!
- Credo, que moça lerda!
- Affe, fila de supermercado é um saco, mas pior ainda é quando você pega uma mala sem alça no caixa.
Aí, eu, com meu poder de crítica mental logo completei o raciocínio:
" Não, é INCRIVELMENTE pior quando tem alguém reclamando em voz alta ao seu lado". Jóia!
Após o infortúnio, continuei a observar e me deparei com uma moça, com um nenêm no colo.
Por incrível que pareça as crianças gostam de mim, então comecei a brincar com a criança, que tinha em suas mãos um chocolate.
Virei-me e quando tornei a olhar a mãe estava na prateleira misturando aquele chocolate, que anteriormente estava na mão da criança, e tirando outro do potinho, porque a criança havia dado uma mordida e violado a embalagem do bombom.
Quemexemplo , hein!!
Ainda assim continuei a brincar com a criança e, como manda a etiqueta, ofereci meu lugar na fila para a mulher com criança de colo.
Sorte que a moça agradeceu e declinou!!
Depois de tudo pago, embalado nas ECO BAGS e algumas sacolinhas, das quais não consegui fugir pelo volume de aquisições, fui procurar o possante.
E, para minha surpresa, alguns três carrinhos estavam atrás do meu carro.
MARAVILHA!!
Guardei minhas compras, recolhi alguns carrinhos, afinal não dava conta de levar todos, e fui para casa pensando:
- Ao invés de adotar crianças, vou adotar alguns adultos. Acho que estes estão mais necessitados de educação!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pausa para o momento Bridget Jones.

Após pausa de mais de uma semana cá estou eu novamente!! Pois é, esse hiato decorreu da minha estadia na capital do país.
Até tentei dar um beijinho no Lulinha, mas a empreitada foi frustrada porque havia um "canteiro" de uns 10 centímetros de profundidade, cheio de água e carpas entre mim e o Palácio da Alvorada.
Mas não era isso que eu queria contar não.
Na verdade nem eu sei exatamente o que é.
Fato que a semana passada foi bem construtiva, intelectualmente falando, em alguns momentos acho que sentimentalmente também.
Enfim, fomos (eu + pessoal da faculdade) com o objetivo de participar de um encontro de estudantes de direito, o que é mais interessante do que minha patética imaginação poderia alcançar, embora já tivesse experiências anteriores com relação a esse tipo de evento. Mas acredito que dessa vez tenha sido bem mais interessante pela maturidade que adquiri ao longo do tempo (minha mãe faria um adendo dizendo que já estava mais do que na hora).
Além das palestras foram promovidas algumas festas, que pra quem gosta até acho que deviam estar a contento dos frequentadores.
Não tenho certeza quanto ao comentário anterior porque ando num estado de velhice precoce e preferi dormir a ter que frequentar algumas delas. Apesar disso saldo da semana foi muito satisfatório.
Não conheci tanta gente, mas acredito que fiz alguns bons amigos e claro, para fazer jus ao título do post do dia, conheci uma gente específica, um só alguém, que me remeteu a uma sensação cuja qual não acreditava existir na fase adulta, pois pra mim, julgando pelas minhas últimas tentativas, relações e sentimentos estavam ao nível de se basear em cálculos matemáticos.
Podendo até ter sido isso que me permitiu chegar a esse estado lisérgico, consegui vislumbrar alguém que parece se encaixar na forma que eu demorei tanto tempo construindo...

"Somewhere in his smile...Something in his style that shows me..."

quarta-feira, 7 de julho de 2010

You thought they were all kiddin' you...

Que saudade de escrever qualquer bobagem...
Em época de provas reclamo por não ter inspiração, mas e agora?
Estou desde o dia 30 fazendo absolutamente nada e ainda assim o havia abandonado!?!
Como diria minha amada mãe: - Sorry, babe...
Pois é, hoje tive o prazer de ter só a minha companhia por um "breve" momento no trânsito. Acho que os sorocabanos hão de convir comigo que a reforma da marginal torna a vida dos motoristas um tanto conturbada.
Enfim, voltava eu da locadora quando comecei a refletir. Sim, na maioria das vezes as pessoas devem temer esses momentos.
Apesar que a recordação do dia é completamente subjetiva, vocês sairão ilesos, acreditem.
Fato é que antes de ontem recebi um link de um vídeo, ou melhor, de um dos vídeos mais vistos na internet durante o dia.
Era um vídeo no qual duas amigas brigavam por conta de uma das "amigas" ter um caso com o marido da outra. Legal, né?!
A princípio eu ri, a discussão foi divertida e, novamente acreditem em mim, foi tema de reportagem em um jornal local.
Passado isso, num momento completamente introspectivo, lembrei me de que isso aconteceu comigo também.
Na verdade não foi bem isso, porque eu não era correspondida pelo cara, e pelo jeito nem pela minha "amiga". Só fiquei com ele algumas vezes com o cara que obviamente sabia da minha adoração por ele, mas além dele mais uma pessoa sabia disso, na verdade uma das únicas pessoas com quem eu contava naquela época, naquele lugar. Não sei se vocês já tiveram uma experiência do tipo, que começa com você no auge dos seus 18 anos, recém aprovada no vestibular, em uma cidade totalmente alienígena e tendo que contar com pessoas que você não conhece.
Pois é,o contexto era esse.
Não condeno as atitudes humanas, posto que somos passíveis de coisas bizarra. O que acho realmente estranho é o fato como as pessoas lidam com essas atitudes.
Eu passei de "corna" mais em relação à amiga do que com o meu respectivo amor, mas foi por falta de opção, e por mais que tenha sido uma das coisas mais triste que já me aconteceram convivi com eles sem maiores problemas.
Poderia ser eu ao invés dela, apesar de pensar que eu poderia ter uma atitude totalmente diferente em relação ao famigerado acontecimento.
Enfim, fato é que as coisas acontecem e ao longo de nossas longínquas vidas nos deparamos com milhares de atitudes, de milhares de pessoas, que às vezes, definindo num português bem tosco e chulo, "são foda pra caralho", mas que não são de todo destrutivas.
Hipocrisia dizer que o tempo faz esquecer. Detesto esse dito popular porque é a mais deslavada mentira. A cicatriz fica lá.
Mas apesar disso ela só fica, e toda vez que você vai tomar uma atitude você olha pra ela e pensa.
Então não é um sofrimento irremediável.
É um sofrimento, obra do acaso. Ninguém é imune ao acaso, nem você nem quem interage com você. O problema é ser imune ao respeito que se deveria ter em face do outro.
Conclusão é, que na maioria das vezes, existem formas menos doloridas e infames de contornar a situação e que se boicotar é opcional.