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domingo, 27 de março de 2011

São tantas emoções...

"Quando eu estive ali aqui
Vivi aquele momento lindo
Olhando pra você
E as mesmas emoções
Sentindo..."

Sim, estou há alguns dias sem escrever porquê essa vida de adulto toma muito tempo, mas hoje, mais uma vez, foi inevitável.
Desde meus 16 anos espero ansiosamente por um mísero segundo em qual poderia estar no mesmo metro quadraro que o Marcelo Rubens Paiva, afinal, todos que me conhecem ou sabem da minha mera existência sabem do amor incondicional que sinto por ele. Oh, God!
E esse dias chegou, não da forma como sempre sonhei, mas chegou.
Sexta-feira a tarde estava a lamentar a ausência de dinheiro na minha conta bancária, pois teria uma oportunidade única, ou acessível, rs.
Mamãe liga e eu:
- Mããããe....tô triste.
- Porque filha?
- Ai mãe, vai rolar a abertura da exposição do rubens Paiva, lá no museu da resistência e eu não tenho um centavo.
(Quando de repente vi uma luz, totalmente divina, vinda em minha direção).
- Ah filha, eu pago.
UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

Depois da notícia o sábado parecia não chegar. Mas chegou, e melhor do que pude imaginar, pois o pessoal do partido de qual ainda não faço parte, apesar de trabalharmos juntos, ia pra São Paulo e tudo ficaria muito mais fácil.

Peguei o metrô, com o coração batendo na intensidade da luz.
Perguntei a todos os pedestres/passantes, pessoas e guardas.
Até levei uma xavecada do gaurda, mas cheguei.
Cheguei com as pernas trêmulas, coração aflito e ansioso, e esperei.
Esperei mais um pouco, até que chegou a hora e vi adentrar ao auditório: o Marcelo, sim....O MARCELO.
Parei para olhá-lo por todos os segundo que pude.
Olhei mais um pouco, até ele e todos a sua volta perceberem, mas quem liga?
Eu não ligo.
E ouvi, ouvi o ex-ministro, a família toda e alguns conhecidos falarem sobre o falecido Rubens Paiva.
Foi tudo muito interessante e emocionanate, pois nunca imaginei estar no lugar em qual foram torturados nossos antepassados nada distante, aqueles que tiveram coragem de lutar e enfrentar a todos por conta de uma opinião política.
Foi realmente emocionante, quase lindo.

Depois disso me coloquei a esperar mais um pouco.
Troquei algumas palavras com uma das irmãs DO MARCELO, que por sinal foi muito simpática, e fora isso, esperei mais um pouco.
Ao rodar o salão numa busca incessante ao meu mais antigo amor encontro alguém a quem muito admiro:

Eu: - Senador Suplicy, o senhor poderia apertar a minha mão?
Senador Suplicy: - Mas você não quereria um abraço e um beijo?
Eu - Êêêêê....quero sim, quero sim.
Que pessoa mais agradável.
Após o beijo e o abraço E de ter de repetir umas três vezes o meu nome, para que ele pudesse saber, continuei minha busca incessante, quando, como em câmera lenta, eu o vejo. Sim, ele, O MARCELO.
E por um breve espaço de tempo não consegui nem respirar. Só pude estar ali, estática.
Claro que não estaria sozinha lá, e os repórteres começaram sua abordagem, que foi interrompida pelo agradável senador.
Esperei mais um tempo...e decidi.
Assim que a câmera desligou eu saí em disparada:
- Marcelo, Marcelo...
- Oi?
- Será que você pode assinar meu livro? O pessoal só está me esperando para poder ir embora.
- Tem caneta?
Entreguei o livro, a caneta e me coloquei a admirar.
Lógico que não me aguentei.
- Marcelo, posso te dizer só uma coisa.
- Pode.
- Você é o meu amor, desde os meus dezesseis anos (suspiro).
Foi quando ele fechou, me devolveu o livro e se foi.
Uma certa frustração tocou minha alma, pois nos meus mais antigos sonhos ele me colocava em seu colo, naquela cadeirinha de controle remoto mesmo, me beijava e me pedia em casamento.
Uma pena não poder ter tudo que se quer, mas valeu a pena.
Não nesse caso, mas em outros, mais vale a pena, é até mais inteligente, amar quem não merece, ou quem por algum motivo não sabe corresponder de que jogar um amor de verdade, sincero e generoso no lixo.
Mas voltando àquela cena: "I will always love you...My darling you"

quinta-feira, 10 de março de 2011

Incessantemente

Não sei quanto à vocês, mas fins de tarde para mim tendem a ser melancólicos, inclusive aos domingos.
Sei que hoje não é domingo, mas como meu coração anda em frangalhos posso considerar que algumas partes do dia/vida "andam meio estacionadas", como me soam os domingos.
Sim, foi uma tentativa de ironia ou trocadilho, encarem como desejarem, não é esse mesmo o foco do texto hoje mesmo.
O foco é o quanto eu só me fodo, de uma forma conotativa, em relação ao ponto constante, ou o motivo maior que me levou a escrever neste blog: meus relacionamentos amorosos.
A julgar por todos os textos vocês já podem concluir que eles inexistem.E apesar de todas as lamúrias a intenção não é deixar ninguém penalizado, mas simplesmente expor o que dificilmente consigo fazer em palavras. Consigo fazer em gestos também, apesar de quase ninguém ter feito algo a altura do que já fui/sou capaz de fazer.
Digo quase ninguém porquê acredito que uma única pessoa nessa vida faria tudo por mim, e acreditem não é a minha mãe, mas idiotamente joguei-o fora. Tire-o da minha vida, não de todas as formas, porque acredito que as pessoas não devem sair da sua vida se já foram significante em algum momento dela.

E depois desse equívoco só tive frustrações.

Não que algumas experiências não valham, mas NUNCA, em tempo algum, alguém teve a capacidade de fazer por mim o que fui/sou capaz de fazer.
Não que eu aja na intenção de receber nada em troca, mas acredito que consideração, carinho, compreensão, até amor quem sabe seja um tipo de manifestação de reconhecimento de um ato feito com toda a intensidade do mundo com o intento de agradar, demonstrar, me expor.
A lá, já comecei enrolar
Não é permuta, é retribuição, é o mínimo de humanidade

Também sei que às vezes as coisas não podem ser correspondida à altura, mas respeito é o mínimo que devemos sentir, até mesmo por quem não conhecemos.
Não parece inexplicável ter esse "sentimento" por alguém que já foi capaz de algo por você.
Capaz de qualquer demonstração, manifestação mínima, mesmo que por questão de etiqueta, até obrigada é uma forma de respeito.
Não que quando você gosta, ou ama, você queira ouvir um obrigada. Na verdade a última coisa que você quer ouvir é um OBRIGADA. O que a gente realmente quer ouvir é um: é recíproco.
Mas se isso não é possível, ainda assim respeite, nem que seja da boca pra dentro, ou melhor, preferivelmente da boca pra dentro.
Nem todo mundo admite seus atos, seus amores, por isso sempre vou até o fim, às vezes alguém só precisa disso pra ver que é capaz de libertar o que sente, nem que não seja por você.
Capaz de perceber que todo mundo pode ser ridículo, e que ridículo às vezes é legal.
Até saber que você foi parte disso é confortante, até um dia que vai ser legal, pra você e pra ele.
Então, "nessa onda", se você não consegue retribuir, seja ao menos legal.


"No que precede o acontecimento é lá que eu vivo.
Espero viver sempre às vésperas. E não no dia.
...
Não consigo explicar.
O que sinto é no sem-tempo e no sem-espaço.
O tempo no futuro já passou".

segunda-feira, 7 de março de 2011

Eduardo e Mônica

Dia desses me peguei pensando sobre como minha vida amorosa começou, e pude perceber que desde muito pequena se pudesse escolher dentre 500 caras eu escolheria justamente aquele com quem eu não deveria ficar, por um motivo ou por outro.
A maior parte do tempo o que me separa dos meus amores é o fato de eu ser mega-blaster-plus-advanced careta, com suas devidas proporções consideradas.
O que ao analisar meu comportamento social poderíamos até chegar à conclusão de que fui extremamente permissivam mas que isso me machucava e era MUITO ruim. Mas agora, com arestas muito mais definidas as coisas continuam na mesma direção, E por tudo isso fico a me questionar sobre o ponto a que permito as coisas chegarem, porque sempre levo tudo até o pólo mais extremo.
E porque insisto sempre em sair magoada ao invés de deixar o outro se machucar, e como isso ainda não exerce efeito nenhum sobre uma pessoa, ou sobre várias.
É estranho o quanto a nobreza de um sentimento pode significar pouco ou nada para as pessoas, ou o quanto pode significar mas não pode exercer nenhuma influência sobre a maioria dos fatos.

"Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

...

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver

...

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!"

domingo, 6 de março de 2011

Romeu e Julieta

"Carnaval, carnaval, carnaval,
eu fico triste quando chega o carnaval".

Éééé, carnaval não pode ser elencado como um dos meus feriados favoritos, afinal eu detesto multidões, axé e afins. Sendo assim não me restam muitas opções, além de faltar companhia.
Por alguns segundos cheguei a achar que esse carnaval poderia ser algo perto de "mágico", usado como um adjetivo, mas, pra variar, minha vida amorosa empaca na página dois, o que nos leva a voltar ao primeiro dilema...what to do? what to do?
Ontem ainda uma obtive uma resposta, que apesar de não ser a desejada foi satisfatória.
Galera da "cena alternativa", num grito de carnaval rock'n roll.
Com um bolo "king size" nas mão, em pleno sábado, encontro alguém por quem neguei, ainda nego E às vezes sustento uma paixão antiiiiiga.
[Descrição da cena:

Eis que o elemento adentra o recinto. Quando escuto: - Nossa Renata, cara de piripaque do Chaves.
(Acho que todo mundo sabe como funciona, né? Fiu, fiu, fiu, fiu]

Claro, que até o fim da noite a gente teve que conversar sobre o que se passava/passa dentro de cada coração.
E pra minha surpresa tive que ouvir uma sentença do tipo:
- Eu não gosto de você porque parece que as pessoas que estão a sua volta estão ali só pra te bajular. E o pior de tudo é que sinto ciúmes disso.


(Nem parei pra pensar nisso, porque se a cena parece assim não sinto nunca assim, ao contrário, há tempos sinto uma solidão imensa, um buraco que atravessa o coração e parece tocar a alma).

Depois disso veio uma sentença que me pareceu bem mais pertinente:
- Mas eu gosto de você, porque você é uma pessoa ímpar.

Pois é, me sinto além de ímpar, me sinto quase um número primo, porque apesar de considerar essa observação um elogio, pelo mesmo motivo parece ser impossível encontrar um divisor.


"O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz

Vem aqui, vem viver, não precisa escolher os jardins do nosso lar
Preparando a festa pra sonhar, pra sonhar, pra sonhar..."