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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tem dias que o dia é foda...

Quando eu era pequena minha mãe tentou me ensinar o quanto era bonito e delicado ser educado, eu achava que não tinha adiantado, mas diante de certas situações penso que não me saio tão mal assim. Digo isso porque as pessoas não te poupam, então as minhas grosserias se transformam em quase nada perto dos ocorridos de hoje.

Alguém provavelmente já percebeu que sou adepta de gírias idosas e por isso entrei em êxtase em meio a uma aula de direito penal meu ídolo, de todos os ídolos, comentando sua maravilhosa teoria sobre o “princípio fundamental dos gersons”, que também é considerada pelo meu pai.
Após beber da fonte divina do conhecimento, precisei ir ao centro da cidade fazer compras para a minha avó. Óbvio que para cumprir meu objetivo era necessário sacar dinheiro, portanto me dirigi ao banco.
Logo que adentrei ao recinto atropelei uma criatura, o que não é anormal, já que estou acostumada a eventos catastróficos causados por mim
Fui educada ao quadrado, pedindo desculpas consecutivamente ao evento e questionando polidamente o garoto do “estou aqui para ajudar” sobre os caixas, que aparentemente estavam em manutenção.
Ao ser atendida, também educadamente, pelo garoto do “estou aqui para ajudar” fui ultrapassada pela direita, e vejo que a criatura que eu devia ter derrubado sem me arrepender, estava atracado com o caixa eletrônico. Beleza! Eu fico na fila...
Será que nunca ninguém ouviu falar sobre uma lei física de ação ou reação? Não, só sabem responder à lei dos gersons?

Agora preciso dissertar sobre o próximo motivo que me leva a pensar que sou mais fina do que imaginava. Isso foi quando me incitaram a pensar que eu era diferente. Pois é, vieram me contar isso também, mas num evento surreal:
No “estacionamento” dessa mesma faculdade, essa onde tive aula de direito penal, meu carro foi furtado, o que não é lá muito divertido.
Divertida mesmo é a reação do pessoal.
Logo após o furto alguém me aborda na faculdade:
- Roubaram seu carro, né?!
- Sim, como você sabe?
- Ah, o porteiro disse que tinham roubado o carro daquela menina diferente, aí pensei mesmo que era o seu.
Ok, três anos se passaram e resolvi adquirir “um mimo” pra filha de uma amiga minha, porque de todas as minhas amigas eu sou a que sobrou pra titia, tirando minha prima. Nota-se que o negócio é de família!
Então, com muito boa vontade, entrei na loja para olhar um conjuntinho gracioso e resolvi, também educadamente, pedir informações à vendedora, quando esta indaga:
- Você é daqui?
(Pausa para a busca na memória, tinha dúvida se ela poderia me conhecer de algum lugar e eu não me lembrar, como é de costume) E quando respondi afirmativamente fui surpreendida com um:
- É que você é diferente, ...seu sotaque.
Agradeci, respondi, tive qualquer reação porque achei que tal situação não tem resposta correta e fui até o estacionamento pensando se o problema era a minha camiseta verde dos “Beatles”.
Cogitei que essa cor podia me relacionar aos seres extraterrestres, mas quando entrei no possante, ao avistar um ser careca cabeludo vestido da mesma cor, num degradê maravilhoso, calça justa e camisa camuflada, acentuando a barriga, e foi quando concluí que eu poderia ser mesmo diferente e que o verde não era o problema.

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